Resumo Para este artigo foram analisadas, comparativamente, mais de cento e noventa notas de rodapé de dois dos romances indianistas de José de Alencar, a saber, O Guarani e Iracema. A análise objetivou compreender a relação entre línguas indígenas, que nelas comparecem com vigor (seja encabeçando verbete, seja em sua predicação), e língua portuguesa. Duas foram as posições discursivas observadas (do lexicógrafo e do lexicógrafo-tradutor) na composição dos verbetes. Chegou-se à conclusão de que estamos diante de um percurso que perfaz dois momentos de trabalho com as línguas indígenas, culminando na visibilidade e potência da língua indígena. O apoio teórico deste artigo se encontra na articulação entre os campos teóricos da História das Ideias Linguísticas (AUROUX, 1989; ORLANDI, 2001) e a Análise de Discurso pecheutiana.
Abstract For this article we compared more than one hundred and ninety footnotes of two of the indianist novels by José de Alencar, namely O Guarani and Iracema. The analysis was undertaken in order to understand the relationship between indigenous languages, which appear widely in them (be it heading an entry, or its predication), and the Portuguese language. Two discursive positions (from the lexicographer and the lexicographer-translator) were observed in the composition of the entries. We came to the conclusion that we are faced with a path that makes up two moments of work with indigenous languages, culminating in the visibility and power of the indigenous language. The theoretical support for this article is found in the articulation between the theoretical fields of the History of Linguistic Ideas (AUROUX, 1989; ORLANDI, 2001) and Discourse Analysis by Pêcheux.
Resumen Para este artículo fueron analizadas comparativamente más de ciento noventa notas de pie de página de dos romances indianistas de José de Alencar, son ellos O Guarani e Iracema. El análisis ha objetivado comprender la relación entre lenguas indígenas, que en ellas comparecen con vigor (sea encabezando entrada, sea en su predicación), y lengua portuguesa. Dos fueron las posiciones discursivas observadas (del lexicógrafo y del lexicógrafo-traductor) en la composición de las entradas. Se llegó hasta la conclusión de que estamos delante de un curso que hace dos momentos de trabajo con lenguas indígenas, culminando en la visibilidad y potencia de la lengua indígena. El apoyo teórico de ese artículo se encuentra en la articulación entre los campos teóricos de la Historia de las Ideas Lingüísticas (AUROUX, 1989; ORLANDI, 2001) y el Análisis del Discurso de Pêcheux.